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Agenda cheia: vida social das crianças é repleta de eventos

Luciana Martins sabe bem o que é isso. Mãe de dois filhos, João Marcelo, 9, e  Ana Carolina, 5, a psicóloga conta que toda semana tem pelo menos uma  festinha de aniversário. “Na semana passada foram três”, diz ela, atribuindo a razão disso ao fato de as crianças fazerem amigos por onde passam

Na preparação para as festinhas quase semanais, vale acertar as contas com o espelho, revirar o guarda-roupa e fazer do seu look a própria diversão

Na preparação para as festinhas quase semanais, vale acertar as contas com o espelho, revirar o guarda-roupa e fazer do seu look a própria diversão (Maris Sanne)

Foi-se o tempo em que vida de criança era ficar em casa. Tão ou mais agitada quanto a dos adultos, a agenda social desses pequenos não para. E à medida que isso contribui para a formação de vínculos sociais na infância, eles aproveitam para dar um tempo na estressante correria escolar para cair na badalação das festinhas infantis.

Luciana Martins sabe bem o que é isso. Mãe de dois filhos, João Marcelo, 9, e  Ana Carolina, 5, a psicóloga conta que toda semana tem pelo menos uma  festinha de aniversário. “Na semana passada foram três”, diz ela, atribuindo a razão disso ao fato de as crianças fazerem amigos por onde passam. E não são poucos, já que além dos colegas da escola e do condomínio, tem os do judô, do violão, da natação, do balé, do inglês... e por aí vai.

Segundo Luciana, dar aos filhos uma maior dinâmica social favorece o desenvolvimento das crianças, que considera mais “antenadas” que as de outros tempos. “Eles são superantenados. Minha filha pergunta: ‘mãe, a senhora já comprou o ingresso do Gato de Botas?’, quando eu nem sabia que (a peça) estava em cartaz”, diverte-se ela, destacando um perceptível movimento de  valorização da criança na sociedade. “Hoje fazemos tudo pensando neles. Desde um jantar até uma viagem. Eles estão mais importantes e suas opiniões e ideias são respeitadas”, acredita.

Quem também não perde uma festinha por nada é a animada turminha dos netos de Liége Cruz - Charles, 10, Bruna, 7, e Maria Clara, 5, que receberam com simpatia a reportagem de A CRÍTICA na casa da avó. É ela, aliás, quem explica que, semana após semana, as festas se multiplicam, para a alegria da criançada. “Eles adoram. É a glória pra eles”, brinca Liége, ao que as crianças confirmam, senão com as palavras, tímidas diante do intruso que lhes interpela, com certeza com os olhos e sorrisos, que dizem muito mais nas crianças.

Quem faz

De olho nesse mercado, algumas empresas se especializam para atender à demanda crescente de festas infantis. “É um mercado que está crescendo cada vez mais”, diz Ruth Portela Souza, proprietária da Hobby Brinquedos de Manaus. Segundo ela, a média das suas quatro lojas é de cerca de 200 listas de aniversário ao mês. Haja festa!

Em São Paulo, a decoradora de festas Andréa Guimarães descobriu há muito tempo esse filão. Depois de fazer o aniversário de um ano do filho, reconheceu seu talento e passou a se dedicar profissionalmente a área. Hoje, Andréa faz uma média de 30 a 40 festas infantis por mês, com destaque para os aniversários dos filhos dos famosos e poderosos paulistanos.